quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Versos soltos





A mesma mão que acaricia, bate
Os mesmos braços que abraçam, afastam
A mesma boca que beija e bem diz, pode morder e maldizer.

Ouvi dizer que sábio não é quem encontra o equilíbrio entre a razão e a emoção, 
mas sim, aquele que sabe o momento adequado de usá-las.

A vida é assim mesmo
nos serve de tristeza e de alegria com a mesma dose.
E se no começo nos embriagamos com ambas
Com o tempo nosso organismo se acostuma com seus efeitos
Que mesmo assim prefiro apreciá-los.


E não venha me dizer para aceitar que tenho de mudar
Pois a mudança deve caber aos fúteis e que aos outros fazem sofrer 
E que insistem em gritar a mim tamanha futilidades como se normal fosse.


Eu já lhe disse, que se tiver de deixar de acreditar
Prefiro não fazer parte do mundo em que vivem
Famintos, tanto quanto covardes na mesma proporção.


Talvez eu viva mesmo um mundo de fantasias
Talvez seja meu jeito infantil de ter esperança
Mas, já parou para pensar que talvez seja somente o meu modo
De não me contaminar com a frieza que vem contagiando a humanidade?


A frieza, que afasta contatos
Que difama relações e que mal se importa com as lágrimas de outrem
Por também não se importar com a probabilidade de que tudo poderia ter dado certo.
Se não fosse a FRIEZA.






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