quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Na Moska!



Paulinho Moska é um artista tão multi que fica mesmo difícil saber por onde começar a dizer qualquer coisa sobre ele. Afinal, a frase “Eu sou nada, porque quero ser tudo” foi ele mesmo quem disse no bate-papo da semana passada no Espaço Revista Cult, na Vila Madalena.

Por , tudo fica levitando no ar, e a música é praticamente um deus a ser adorado, porque relata e [como que em um movimento cíclico] marca a vida/carreira de seu criador. E, se no encontro anterior com Tom Zé, os assuntos giraram em torno da semiótica, com Paulinho Moska, a filosofia enchia aquela pequena sala, quando de alguma forma utilizava os ensinamentos aprendidos com seu mestre [e filósofo] Claudio Ulpiano.

E, antes disso, nem eu e nem você imaginávamos que uma de suas músicas mais conhecidas “Pensando em Você”, tinha a bendita da filosofia embutida. “Eu fiz uma brincadeira com a palavra pensamento, já que está é uma das palavras mais fortes da filosofia”, explicou. E em cada palavra que aquele carioca misturava poesia e filosofia, me prendia mais e mais.

Paulinho Moska com o jornalista Marcus Preto 
Moska falou de seu estado camaleônico de ser. Da expectativa de ouvir sua primeira composição gravada por outro artista; das histórias de suas canções; de sua participação no longa “Minutos Atrás”, no qual interpretou um cavalo; do amor e do felling de Caetano por jovens como Maria Gadú e Criolo; da importância dos jovens, que impulsionam grandes movimentos com sua vontade de querer mudar o mudo; e dos artistas dos anos 80 e 90, incluindo Los Hermanos, que conseguiram sintetizar tudo o que aconteceu nessas décadas e tornar tudo sublime. “Os Hermanos fizeram despertar a imagem poética e musical da canção, no formato que a geração queria ouvir”, resumiu Moska.

O fato de também nunca ter estado nas paradas do sucesso, segundo ele mesmo, foi o que deu mais liberdade a Moska para compor e fazer o que o deixa feliz. “Fazendo o que eu sou, sou muito feliz”, ressaltou entre sua diversidade, que também abraça a fotografia e a  TV, já que é apresentador do programa Zoombido.

Entre os planos de Paulinho, o maior deles é produzir uma grande obra daqui a 50 anos. “Queria fazer uma obra prima aos 95 anos para morrer no auge. Uma obra que ligasse todas as outras e, que de certa forma, melhorasse a vida dos outros”, concluiu.

Veja aqui um trecho do bate-papo.


Na próxima quarta-feira (12), nosso encontro será com a talentosa Céu

Entrada gratuita mediante a retirada de senhas com 1h de antecedência ao evento.
Espaço Revista CULT 
Rua Inácio Pereira da Rocha, 400 - Vila Madalena – SP
Tel.: (11) 3032-2800

Um forte abraço

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